SP tem 5 mortes confirmadas por intoxicação com metanol – 08/10

O estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (8) mais duas mortes de intoxicação por metanol. Com isso, o total chega a cinco. Outros seis óbitos são investigados.

Foram registrados 20 casos confirmados de intoxicação por metanol e 111 suspeitas foram descartadas após análises clínicas, segundo o novo boletim divulgado nesta quarta. Outras 181 notificações de possível contaminação são investigadas.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que enviou 3.000 ampolas adicionais de antídoto a 21 centros de referência da rede estadual nesta quarta. Com o novo lote de álcool etílico absoluto, o estado soma 5.500 ampolas disponíveis para o tratamento dos pacientes.

A secretaria também informou ter reforçado o fluxo laboratorial da rede estadual para agilizar a confirmação de intoxicações por metanol. Pelo novo protocolo, amostras de sangue ou urina coletadas nas unidades de saúde são enviadas ao Latof (Laboratório de Toxicologia Analítica Forense) da USP, em Ribeirão Preto, e ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) da Unicamp. Os laudos ficam prontos em até 24 horas.

Na terça-feira (7), a Justiça de São Paulo autorizou a destruição de 100 mil garrafas de destilados apreendidas no inquérito que investiga a adulteração de bebidas. O pedido da Polícia Civil foi aceito pelo juiz Lucas Bannwart Pereira, do Fórum Criminal da Barra Funda.

No despacho, o magistrado cita que os recipientes foram encontrados em uma empresa de recicláveis em um galpão clandestino localizado na Vila Formosa, zona leste de São Paulo. Lá, garrafas de bebidas destiladas e eram revendidas sem controle sanitário, de origem ou de destinação, e sem higienização adequada.

Câmara de SP aprova CPI para investigar bebidas adulteradas com metanol

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (8) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol na capital.

A comissão terá sete membros, a serem indicados pelos líderes das bancadas, e duração inicial de 120 dias, prorrogáveis. O requerimento para abertura da CPI foi protocolado pela vereadora Zoe Martínez (PL) na quinta-feira (2).

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, os líderes têm até 15 dias para indicar os membros da CPI, que será aberta ao final desse prazo.

O pedido de CPI ocorre em meio ao aumento dos casos de intoxicação pela substância no estado.

A comissão pretende ouvir vítimas e representantes de estabelecimentos suspeitos, além de fiscalizar notas fiscais, selos de autenticidade e origem dos produtos vendidos.

O objetivo é responsabilizar criminalmente envolvidos em adulteração, garantir atendimento médico adequado às vítimas e propor medidas de fiscalização mais rígidas.

Autoria: FLSP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima